A destinação incorreta de resíduos é um dos principais vilões no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Zika e Chicungunya. O lixo descartado a céu aberto favorece o acúmulo de água e a consequente disseminação de criadouros do mosquito. Nesta quinta-feira (10/03), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da Gestão Ambiental (STE S.A.), realizou uma ação em parceria com a Prefeitura de São Lourenço do Sul e a concessionária Ecosul visando informar e sensibilizar a população sobre estes cuidados na região das obras de duplicação da BR-116/RS.Durante a manhã foi realizada uma limpeza na entrada da localidade do Sítio, no km 451, área na faixa de domínio da rodovia utilizada pela Ecosul para o depósito de material inerte e onde há a presença irregular de lixo doméstico. Na próxima semana será instalada uma lixeira que irá facilitar tanto o descarte de resíduos orgânicos – no local também existe um ponto de coleta seletiva – quanto o recolhimento pela Prefeitura. O fiscal da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente, Elton Waskow, explica que os pequenos lixões são alvo permanente de controle e conscientização. Além disso, destaca, a Vigilância Sanitária realiza o monitoramento periódico por meio de armadilhas distribuídas em pontos estratégicos da cidade.As equipes ainda distribuíram ao longo do comércio lindeiro, entre a comunidade de Coqueiro e a rótula de acesso ao município, folhetos com informações sobre os dias e locais da coleta seletiva, bem como cartazes do Ministério da Saúde com orientações para prevenir a propagação do Aedes aegypti. A aposentada Derli da Silva Garica, 67, avalia que os cuidados devem começar em casa. “Cuido bem do meu pátio, principalmente nestes períodos de chuva. E nas portas e janelas coloquei telas para impedir a entrada dos mosquitos”, comenta.Formando pequenos multiplicadoresOito turmas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Sady Hammes, na localidade de Coqueiro, foram visitadas durante a tarde para uma rápida conversa e distribuição de material informativo. A equipe da Gestão Ambiental transmitiu dicas e curiosidades que podem fazer toda a diferença na luta contra o mosquito. “Vocês sabem por que é preciso lavar o recipiente e não apenas tirar a água dele?”, perguntou a zootecnista da STE S.A., Natália Schen. “Porque os ovos do Aedes aegypti podem resistir até um ano sem eclodir”, respondeu a técnica para surpresa dos jovens.O aluno Lauriã Iéck Trzeciaki, 10, disse que já faz a sua parte em casa. “Não pode deixar água parada nas garrafas e pneus e tem que colocar areia no pratinho das plantas”. No dia 21/03, a equipe retorna à escola para transformar a teoria em prática. Em conjunto com estudantes e professores, será realizada uma vistoria no pátio da instituição para eliminação de possíveis focos de proliferação do mosquito.