Chuvas interferem nos resultados da qualidade da água na BR-116/RS


Publicada em 25 de Abril de 2016

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da Gestão Ambiental (STE S.A.) da BR-116/RS, realizou a 15ª campanha do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água entre os dias 12 e 14 de abril. Foram coletadas amostras em 15 cursos d’água interceptados pela duplicação da rodovia, entre Guaíba e Pelotas. As atividades ocorrem a cada três meses e visam identificar possíveis impactos da construção sobre os recursos hídricos locais. A comparação entre índices calculados em campanhas anteriores aponta para uma influência da precipitação pluviométrica nos locais amostrados.O monitoramento acontece sempre em dois pontos diferentes para cada local, sendo um acima (montante) e outro abaixo (jusante) de onde estão as obras. Do conjunto de parâmetros analisados, cinco são medidos em campo com o auxílio de aparelhos e os demais são encaminhados para análise laboratorial. Os resultados das análises são comparados com os limites de classificação da Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº 357/05, a qual dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. O acompanhamento também inclui o cálculo do Índice de Qualidade da Água (IQA), uma espécie de nota final (que varia de zero a cem) obtida através de uma equação que leva em conta nove parâmetros com pesos relativos.Os índices obtidos até o momento não indicam impactos representativos das obras na qualidade da água, mas a equipe pôde observar que há uma influência da precipitação pluviométrica nos pontos amostrados. “O escoamento superficial e o processo erosivo provocado pela chuva nas bacias hidrográficas e o consequente aporte de matéria orgânica, sedimentos e nutrientes aos arroios monitorados influenciam diretamente no comportamento de alguns parâmetros”, avalia o engenheiro agrônomo da STE S.A., Lauro Bassi. Esta hipótese, reforça, pode indicar que há nas bacias dos corpos hídricos um processo de poluição das águas superficiais, possivelmente associado a esgotos domésticos e dejetos animais, que alcança os arroios especialmente nos períodos de muita chuva.