Publicada em 26 de Abril de 2018
A
situação financeira e física das obras de duplicação da BR-116/RS, bem como as
dificuldades enfrentadas para a continuidade dos serviços ao longo de 2018
foram explanadas na tarde de sexta-feira (20/04) durante o painel “BR-116 Sul: Duplicação
Urgente”. O evento realizado em Camaquã, reuniu representantes do Ministério
dos Transportes, Portos e Aviação Civil, do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT/RS), da Polícia Rodoviária Federal (PRF),
de lideranças políticas e empresariais da região Sul, da Universidade Católica
de Pelotas (UCPel) e de familiares das vítimas de acidentes ocorridos na
rodovia.
Mediado
pelo jornalista da Rádio Gaúcha Daniel Scola o painel foi promovido pelo
movimento “Juntos pela Duplicação da BR-116 Sul”, mobilizando a população para
discutir a retomada integral da duplicação, que está com cerca de 60% dos
serviços previstos executados.
O
evento, que lotou o teatro do Serviço Social do Comércio (Sesc), foi dividido
em dois momentos. O primeiro contou com a apresentação de dados sobre as perdas
econômicas e a importância da BR-116/RS para a logística do Rio Grande do Sul,
além do número de acidentes, feridos e mortos na rodovia e desses, os que
estariam relacionados com a demora no término duplicação.
A
necessidade de um aporte de cerca de R$ 600 milhões para concluí-la foi
destacado durante o evento. Também foram lembrados pelos representantes do
DNIT/RS os motivos da paralisação dos trabalhos em cinco dos nove lotes
construtivos. De acordo com o analista de infraestrutura do DNIT/RS, Hiratan
Pinheiro da Silva, além da liberação de mais recursos para a continuidade dos
trabalhos, é preciso equacionar o valor do preço do Cimento Asfáltico de
Petróleo (CAP), utilizado nas últimas camadas do pavimento da rodovia (asfalto).
“Temos condições de solucionar esse problema do CAP”, garantiu o diretor do
Departamento de Gestão da Informação de Transportes Terrestre e Aquaviário do
Ministério dos Transportes, Euler José dos Santos.
No
segundo momento do evento, aberto para debates e perguntas do público, o superintendente
substituto do DNIT/RS, Delmar Pellegrini Filho, ressaltou que atualmente a
duplicação conta com um orçamento de R$ 99,5 milhões para 2018 e que o valor
está sendo aplicado nos Lotes 4, 5, 6 e 7 (de Tapes a São Lourenço do Sul). Os
demais lotes ou estão com problemas nos contratos (1 e 2) ou dependem de uma
solução para o preço do asfalto (3, 8 e 9), já que estão mais adiantados.