Gestão Ambiental da BR-116/RS monitora epífitas realocadas


Publicada em 28 de Novembro de 2016

A preservação da vegetação de ambientes florestais e campestres da área de influência das obras de duplicação da BR-116/RS, entre Guaíba e Pelotas, faz parte da rotina da Gestão Ambiental (STE S.A.) do empreendimento. Para garantir uma proteção efetiva – conforme exigida no Plano Básico Ambiental (PBA) - são necessárias ações mitigadoras que favoreçam a manutenção do fluxo-genético entre as espécies da região. Em atenção ao PBA, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da equipe do Programa de Monitoramento e Conservação da Flora, realizou na quarta-feira (23/11) mais uma atividade de monitoramento das epífitas (plantas que vivem apoiadas sobre outras sem retirar delas os nutrientes) realocadas. Na ocasião, os profissionais aproveitaram para coletar sementes, que são doadas. 
De acordo com a engenheira florestal da Gestão Ambiental, Camila Paula Zanetti, entre os km 315 e km 316 da rodovia, em Guaíba, são monitoradas bromélias, orquídeas, cravos-do-mato e cactáceas transferidas entre 2013 e 2016. “São exemplares realocados no período de supressão da vegetação e que precisam ser monitorados por três anos”, informa. 
Camila salienta que durante estas ações de monitoramento, realizadas trimestralmente, são avaliadas a adaptação ao local e se a planta floresceu. “Buscamos colocá-las em áreas próximas ao ambiente original, pois assim as chances de adaptação são maiores”, explica. Em todo o trecho em obras da BR-116/RS, até o momento, foram realocados 769 agrupamentos de epífitas.
O trabalho de coleta de sementes também é considerado importante pela engenheira florestal para a preservação das espécies nativas. Camila comenta que são colhidas sementes principalmente das espécies cafezinho-do-mato (Casearia sylvestris), açoita-cavalo (Luehea divaricata), butiá (Butia capitata), figueira (Ficus spp.), corticeira-do-banhado (Erythrina crista-galli) e chal-chal (Allophyllus edulis). “É importante, pois doamos sementes, por exemplo, para o Horto Florestal da Prefeitura de Camaquã. As mudas cultivadas a partir destas sementes acabam sendo doadas em atividades de educação ambiental ou distribuídas em campanhas realizadas durante a Semana do Meio Ambiente”, cita.