DNIT executa obra de bioengenharia na BR-116/RS


Publicada em 30 de Maio de 2014

Tecnologia associada ao uso de espécies vegetais, a bioengenharia de solos é considerada uma solução natural para proteger locais de preservação permanente e recuperar áreas degradadas. As diferentes técnicas utilizadas buscam minimizar impactos sobre as margens de arroios e rios, evitando processos erosivos e o consequente aporte de sedimentos para os cursos d’água. Nas obras de duplicação da BR-116/RS, de Guaíba a Pelotas, o método foi aplicado visando resguardar os taludes do Arroio Viúva Tereza, km 471, no município de São Lourenço do Sul.Para construção de uma ponte sobre o arroio foi necessário executar um corta-rio (retificação de trecho do rio, com o desvio do seu curso natural). “Tendo em vista que os taludes apresentam-se instáveis, com risco de desmoronamento, foi realizada uma obra de bioengenharia para protegê-los”, explica o engenheiro agrônomo da Gestão Ambiental (STE S.A.), Lauro Bassi.A obra de engenharia feita pela construtora SBS (lote 08) é conhecida como parede Krainer simples associada a esteira viva de sarandi – espécie vegetal nativa ribeirinha que apresenta boa taxa de brotação e um rápido crescimento. “O processo de construção incluiu a conformação do talude, a colocação da esteira viva protegida com grade de bambu, a construção da parede Krainer simples e o enrocamento final para aumentar a resistência contra a ação da correnteza”, acrescenta Lauro.O engenheiro agrônomo afirma que o monitoramento indica que a obra pode ser utilizada com segurança para os objetivos a que se destina sempre que instalada dentro dos padrões técnicos estabelecidos. “A estrutura de bioengenharia propicia uma boa proteção da margem e a espécie vegetal utilizada apresenta boa brotação e garantirá a cobertura vegetal da margem em curto prazo (aproximadamente quatro meses)”, conclui.