Obras da duplicação não interferem na qualidade da água de arroios e rios


Publicada em 11 de Novembro de 2016

Com o objetivo de verificar a influência das obras de duplicação da BR-116/RS, entre Guaíba e Pelotas, na qualidade da água, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da Gestão Ambiental (STE S.A.), monitora os 15 principais corpos hídricos às margens do empreendimento. Em outubro, os técnicos realizaram a 17ª campanha do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (PMQA), a última deste ano. Entre outros parâmetros, a equipe analisa a turbidez, pH, temperatura, condutividade elétrica, sedimentos e oxigênio dissolvido. Ao comparar os resultados evidenciou-se que a qualidade da água não tem sofrido alterações durante as obras. 
Iniciadas em 2012, as campanhas ocorrem periodicamente a cada três meses, em atendimento ao Plano Básico Ambiental (PBA) do empreendimento. Para o engenheiro agrônomo e responsável pelo PMQA, Lauro Bassi, “o monitoramento é importante, pois através dele pode-se, além de verificar se as obras estão causando impactos negativos na qualidade da água, também tomar as medidas de correção dos problemas o mais rápido possível, para minimizar os eventuais danos”. 
De acordo com Bassi, em 2016 não foram identificados impactos negativos das obras na qualidade da água. “Segundo teste estatístico, o comportamento dos parâmetros físico-químicos e bacteriológicos e do Índice de Qualidade da Água (IQA) observados nos pontos de monitoramento localizados acima (montante) das obras não apresentou diferenças significativas quando comparados com os pontos que estão localizados abaixo (jusante) das obras”, salienta.
Bassi explica que a erosão ocasionada pela mobilização do solo para o avanço dos serviços é o tipo de atividade que mais pode provocar algum tipo de dano aos rios e arroios próximos à duplicação da BR-116/RS. “Porém, de maneira geral, as ações de supervisão ambiental atuam de forma preventiva para evitar que as atividades nas frentes de obra causem impacto na qualidade da água”, ressalta.
O engenheiro agrônomo cita que entre as medidas preventivas adotadas para evitar a erosão estão a cobertura do solo e a instalação de barreiras para conter o sedimento, como por exemplo o plantio de grama e a construção de muro de pedras amarradas. “Assim, evita-se que (o solo) chegue aos arroios e às áreas úmidas (banhados) do entorno da rodovia.”